20 de novembro de 2010

António Laginha. Janta connosco

António Laginha - louletano, pois claro - vai estar connosco no jantar de terça-feira (23) e abrirá conversa sobre a situação ou o panorama do espetáculo em Loulé. Ele percebe do assunto e agora que o renovado Cine-Teatro se prepara para reabrir, o tema vem a propósito.

Licenciado em Arquitectura, pela Escola Superior de Belas Artes da Universidade Técnica de Lisboa (1978), e membro da Ordem dos Arquitectos - nº 1417, António Laginha estudou dança no Conservatório Nacional e na Fundação Gulbenkian, em Lisboa, na Juilliard School, em Nova Iorque, e na Universidade de Nova Iorque (Tisch School of the Arts) onde obteve o grau de Mestre em Belas Artes (1997), posteriormente reconhecido pela Faculdade de Motricidade Humana, da Universidade Técnica de Lisboa, onde é, actualmente Doutorando.


Como bailarino, pertenceu sucessivamente ao Ballet Gulbenkian e à Companhia Nacional de Bailado, tendo sido co-fundador e o primeiro professor da Companhia de Dança de Lisboa. Seguidamente dançou em várias companhias nos Estados Unidos da América (Lincoln Center Touring Program, Westchester Dance Theatre e Delaware Dance Company).


Leccionou em diversas escolas nacionais – Escola Superior de Dança e Instituto Universitário Afonso III, entre outras – e estrangeiras: Harkness House – NYC, Universidade de Curitiba, Universidade de Minas Gerais (Belo Horizonte) e Centro Cultural Las Condes (Santiago do Chile) e foi professor convidado da Academia de Dança Contemporânea de Setúbal.


Desde 1983 que é membro da Associação de Críticos de Dança dos Estados Unidos da América e está representado com artigos e em espectáculos gravados, na Dance Collection do Lincoln Center for the Performing Arts, de Nova Iorque (EUA).


Entrevistou, entre outros, Rudolfo Nureyev, Mikhail Baryshnikov, Maurice Béjart, Fernando Bujones, Alicia Alonso, Alexandra Danilova, Anna Sokolow, Sylvie Guillem, Manuel Legris, Reinhilde Hoffman, Milton Myers, Lar Lubovitch, Boris Eifman, Trisha Brown, Yoshiko Chuma, Deborah Jowitt, Carolyn Carlson, Ekaterina Maximova, Joaquín Cortés, António Marquez, Antonio Canales, Isabel Santa-Rosa, Carlos Trincheiras, Olga Roriz, Vasco Wellenkamp, Ricardo Pais e Nuno Côrte-Real.


Paralelamente à actividade de professor universitário também produziu e organizou diversas exposições nomeadamente “25 Anos da Companhia Nacional de Bailado”, na Galeria Gymnasio (Lisboa), “Dança Que Passa”, na Biblioteca Municipal de Algés e “Paula Pinto – 20 anos no Ballet Gulbenkian”, “Danças”, pintura de Vincent MacKoy, “Margarida de Abreu – retrato de uma pioneira” e “A Volta ao Mundo (da dança) em Oitenta Cartazes”, no Centro de Dança de Oeiras.


Tem também feito produção de espectáculos, designadamente para o grupo Batoto Yetu-Portugal, a Companhia de Dança de Deborah Colker e o White Oak Dance Project, de Mikhail Baryshnikov.


Foi um dos organizadores do primeiro espectáculo de bailado apresentado no Centro Cultural de Belém, o coreógrafo da primeira gala de dança aprsentada na Culturgest, o produtor da Gala de Homenagem a Carlos Trincheiras, no Teatro S. Luiz – filmada para a RTP – e responsável pela programação de dança do Teatro da Trindade, tendo trazido a Portugal o Nederlans Dans Theater III, a grupo alemão S.O.A.P (de Rui Horta) e a bailarina-solista canadiana Margie Gillis.


Produziu e apresentou vários ciclos de conferências-demonstração intitulados "Ver a Música e Ouvir a Dança", no Teatro Maria Matos, inseridos nos Encontros Didácticos da Câmara Municipal de Lisboa (1992) e no Auditório Municipal Eunice Muñoz, em Oeiras (1998, 99 e 2000), no concelho de Oeiras.


O projecto de dança infanto-juvenil, "Uma Fenda no Tecto", foi distinguido com um subsídio do Ministério da Cultura (IPAE) para apresentações ao longo do ano 2000.


Coreografa desde 1977, estando representado em diversas companhias portuguesas, brasileiras e norte-americanas. Colaborou com alguns encenadores coreografando peças de teatro (João Silva, do Grupo Terapêutico do Júlio de Matos e outros) e na ópera “As Bodas de Fígaro”, encenada por Luis Miguel Cintra para o Teatro Nacional de S. Carlos e filmada pela RTP.


Recebeu o 2º Prémio do 1º Concurso Coreográfico Nacional, em 1985, o Prémio Prestígio do Festival de Dança de Joinville (Brasil), em 1990, o Prémio Revelação Para a Literatura Infantil do Ministério da Cultura /APE, em 1998, com a obra “O Segredo de Natália” (Difel) e o Prémio da Associação Primo Canto, em 2002.


Em Julho de 2001 fundou o Centro de Dança de Oeiras que, desde então, dirige e onde também lecciona. Dirige também o Centro de Pesquisa e Documentação de Dança, que possui o mais importante acervo documental de dança existente no País.

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